segunda-feira, 4 de março de 2013

“A inclusão digital é uma utopia, um mito”

Por Patrícia Valéria
 
Eugênio Trivinho é professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PEPGCOS/PUC-SP) e aticulador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura. Ele é um grande pesquisador da área de redes sociais. Para o professor é fundamental estudar sobre as redes para as ciências sociais. As redes sociais demonstram uma organização que muda fundamentalmente o modo como se partilha a comunicação, ou seja, causam uma transformação como a população se comunica.
 
Os profissionais de comunicação e empresas precisam aprender a lidar com essa nova realidade das redes sociais. Além de ser útil para as empresas atingir seus consumidores. É um mercado grande que precisa de profissinalização e para isso o conhecimento nas redes sociais é fundamental.
 
Para Eugênio,  inclusão digital é uma utopia e defende esse argumento no livro A Dromocracia Cibercultural. Não basta apenas ter acesso ao computador e saber informática, mas é preciso ter velocidade. Esta é uma das dificuldades que uma parte da população fica excluída desse meio digital por não ter a velocidade que precisa. E este é um aspecto que mostra que a internet não é democrática. Há também um aspecto de que algumas pessoas não têm acesso a um determinado código, a uma determinada informação porque deve pagar por isso e muitas vezes essa parcela de pessoas fica de fora desse acesso.
 
Há também atualizações de hardware que, para receber tal código de informação, é preciso estar atualizado e isso requer alguma economia, ou o internauta não recebe informação. Isso acontece, por exemplo, com o site Reportaje 360°, que, com tantos recusos gráficos e visuais com plugins atualizados, o código não chega a uma parte dos internautas.
 
Um dos aspectos negativos da cibercultura, é avaliado pelo pesquisador Trivinho numa entrevista à IstoÉ sobre o currículo no mercado de trabalho. Hoje o currículo deve constar conhecimento em tecnologia:
"A época requer não só conhecimentos convencionais, como a matemática, mas também o domínio de tecnologias. Isso pressupõe a incorporação de conhecimentos que não estavam disponíveis havia mais de 50 anos. É algo muito recente".
 

Uma pessoa que não tem acesso ao computador, resolve fazer um curso de informática para entrar no mercado de trabalho e muitas vezes esses cursos não têm computadores atualizados. O que força o argumento que a inclusão digital é uma utopia.

 

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