domingo, 12 de maio de 2013

Resenha crítica sobre a palestra “Em cima do lance: novas mídias, blogs e cobertura”


Por Patrícia Valéria
Arquivo - Professor Vlaudimir Salvador

Na última palestra da Semana de Jornalismo realizada pela Universidade Católica de Pernambuco, foi discutida a cobertura esportiva nas novas mídias e nos blogs. O debate teve participação dos jornalistas Marcelo Cavalcanti, Cassio Zirpoli e Diego Perez com mediação do professor de Jornalismo e novas tecnologias, Dario Brito.

Marcelo Cavalcanti deu início à palestra. Ele conta que é preciso dominar as novas ferramentas e procurar estar antenado nas novidades tecnológicas. O jornalista, do Blog do Torcedor do portal do Jornal do Commercio, defende a ideia de que as redes sociais vieram para ajudar o trabalho dos jornalistas.

Mas é preciso entender que o trabalho do jornalista pode estar ameaçado pelo imediatismo e pelo volume de atividades. Como disse Cassio na palestra, o seu papel é multifacetado: escrever matérias, editar e produzir fotos e vídeos. Com isso, nem tudo fica bem produzido e completo de materiais de qualidade.

As novas mídias ganham no sentido de ser um veículo que é possível juntar o impresso, a televisão, a rádio, e, a interatividade instantânea. O objetivo de se fazer jornalismo na web deveria trazer, sempre, o que os jornais impressos, televisivos e rádio não pautam.

A web possibilita, também, que o público dê sugestões e/ou influencie diretamente na decisão de uma pauta. É o que o apresentador e editor-chefe do programa Replay ressalta, "o motorista, o cinegrafista, a auxiliar participam da reunião de pauta".

A palestra quebrou o recorde e teve duas horas de duração bem descontraída junto com as perguntas dos alunos de jornalismo. Os alunos receberam conteúdo da revista Continente, bloco de anotações e o jornal Diario de Pernambuco.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Leituras Digitais - E-books, E-readers

Por Patrícia Valéria

A leitura é ainda um fator um pouco tímido no Brasil. Apesar do brasileiro, segundo dados do ano passado, ler 4 livros por ano em média, as plataformas digitais como o Kindle e o Kobo estão se tornando populares no meio de leitores mais assíduos. 

Em Pernambuco, o Governo distribui tablets para professores e alunos de escolas públicas. É uma realidade que poderia ser mais aproveitada. Muitas vezes essa parte da sociedade não está preparada para receber tais aparelhos. E muitas vezes o professor desencoraja o aluno a usar novas tecnologias pelo fato de não conhecer suas ferramentas. 

Se hoje a juventude está familiarizada com equipamentos tecnológicos, o professor pode incentivar a leitura usando a tecnologia a seu favor mostrando que é possível adquirir livros através desses aparelhos.

MP4 com E-book

E-book é uma realidade que vem se tornando cada vez mais popular

E-book é um termo originalmente inglês. É uma abreviação para electronic book (livro eletrônico). Entendendo a diferença de escutar uma música em vinil e escutar a mesma no mp3, irá entender a diferença de ler um livro impresso e ler o mesmo livro em versão digital (e-book). Ou seja, e-Book é todo tipo de livro como o conhecemos em versão impressa, em versão e suporte digital. 

Para lê e-books é preciso de um suporte, como o tablet, smartphone, laptop, netbook e afins e em formato de texto txt, pdf, jpg, doc e tantos outros. Como são vários formatos, há softwares que são capazes de reconhecer todos e apresentar em formato de texto. 

Alguns livros digitais podem ser adquiridos gratuitamente em bibliotecas públicas online ou pela compra na internet. A compra de um e-book sai bem mais em conta do que o livro físico pelo baixo custo de produção. Mais uma vantagem é por não ocupar espaço físico como o livro. Já imaginou levar 10 livros em uma mala no verão?  "Eu coloco 20, 30 40 livros no meu tablet e posso levar para a escola da minha filha", diz Dayse Ferreira, mãe de uma criança autista.

Uma outra vantagem é na hora de comprar obras que não existem nas livrarias físicas do Brasil ou de sua região. Em poucos segundos você pode adquirir livros de idiomas diferentes facilmente encontrados na internet. 


Se você não quer gastar muito dinheiro, não quer ir à livraria e ainda assim preferir a versão impressa. Você pode optar por imprimir o seu e-book e levar o primeiro capítulo para onde quiser sem peso na bolsa e no bolso.

Primeiro capítulo do livro Gênesis de Bernard Beckett 
E-book readers, o que são? 

Leitores digitais ou e-readers são suportes materiais de leitura do livro digital. Pode ser a tela do computador em seus vários tipos e modelos. O Kobo e Kindle são as “máquinas de leitura”. Elas servem tanto para ler como para armazenar vários livros através de um espaço que varia de 1GB para 2GB. Podendo ainda usar um cartão de 32GB de memória. 

O Kobo e o Kindle - vendidos pela Livraria Cultura e pela Amazon respectivamente - são ainda mais baratos que um tablet. O motivo é pela função básica que os dois oferecem. São equipamentos limitados e específicos para leituras, com limites de acesso à internet e geralmente sem jogos. Ao passo que um tablet tem funções mais diversas como acesso ilimitado à internet, como redes sociais, e variedade de jogos, lazer e entretenimento. Tudo isso pode distrair a quem está procurando ler mais ou estudar. 

Outros fatores favorecem o Kobo e Kindle. As telas desses e-readers tem qualidade superior à de outros equipamentos como os tablets e smartphone, são bem mais confortáveis para leitura pois usam tela fosca, monocromáticas que não cansa a vista e permite leitura sob o sol. Os aparelhos são mais leves, em formato menor, não esquentam e têm bateria com duração de mais de um mês. 

No conforto de sua casa, você pode adquirir quantos livros você quiser. E ainda pode baixar gratuitamente uma amostra de algum e-book. Além disso, essas plataformas contêm, como um quarto qualquer de um amante de leituras, estantes que organizam à sua maneira. Mas a diferença de sua estante física à sua digital, é que a última é quase infinita e não ocupa espaço físico e nem te traz poeiras indesejáveis.

Veja a reportagem sobre o e-Reader com a leitora Dayse Ferreira e as bibliotecárias Cristiane Alberto e Ana Beatriz de Nascimento da UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco):


Nos EUA, a migração da leitura para as plataformas digitais foi tão significante que haverá uma biblioteca sem um único livro em papel. Leia a reportagem.

Há uma discussão entre os leitores sobre a possibilidade da venda dos livros acabar. Ouça as opiniões:

E-book
E-books Grátis
Revolução E-book
Amazon
Livraria Cultura

A pirataria e a democratização do conhecimento

O livro digital pode ajudar na democratização da leitura, do conhecimento. O e-book disponibilizado em um site está disponível a todos a qualquer momento. Uma vez que seria impossível em uma biblioteca comum pois tem acervos limitados . 

Como os e-books estão sendo cada vez mais conhecidos e acessados, sites oferecem obras literárias para consulta e para download. O Ministério da Educação é um deles. Disponibilizou uma biblioteca virtual chamada Domínio Público com mais de 730 títulos de obras da língua portuguesa. 

Mesmo com a popularização dos e-books, ainda não é possível traçar os impactos sobre o mercado editorial impresso. Mas o principal problema é a digitalização ilegal de cópias de livros não autorizados, ou seja, desrespeitando a lei de direitos autorais. 

A digitalização de livros é um processo de captura de imagens das páginas do livro impresso com auxílio de um digitalizador que convertem em formatos digitais. 

Segundo a legislação de Direito Autoral (Lei 9610/98), a obra só pode cair em domínio público depois de 70 anos da obra do autor, ou de obras anônimas e pseudônimas. Antes disso a obra pertence ao criador e só pode ser distribuída, editada, adaptada ou traduzida com sua autorização. 

Na maioria das vezes, desrespeitam-se os direitos autorais digitalizando livros que ainda não caíram em domínio público ou registros de códigos abertos para distribuição livre. 

Quando o livro é digitalizado, a facilidade de ele ser copiado ilegalmente aumenta. A pirataria sempre existiu no livro impresso, mas sempre foi mais fácil de ser controlada. Enquanto em e-books, uma vez disponibilizado na internet, sempre estará sendo distribuído mesmo mediante de bloqueios. 

A maioria das pessoas que disponibilizam livros digitais na internet, não sabe que isso é ilegal, e sem o conhecimento de tal crime, o mercado de fotocópias atinge os editores e livreiros que são os que mais saem perdendo com as cópias ilegais. 

Livros da biblioteca e fotocópias

É preciso entender que nem sempre a cópia de livros ilegais é vista com maus olhos. Universitários são os mais beneficiados com a cópia. São eles que leem vários livros ao decorrer de seu curso, mas não é nada fácil adquirir livros para estudar as disciplinas. Como não é nada rentável comprar todos os livros em uma livraria, o aluno recorre à biblioteca. Mas como os livros nas bibliotecas têm acervo limitado, a maneira mais fácil é fazer a cópia.

Luiz Manoel, estudante de Direito da UNICAP, conta sobre suas dificuldades em relação aos preços dos livros e o que deveria mudar para que a fotocópia deixe de ser uma realidade:


A fotocópia é uma forma democrática de leitura e conhecimento. Mesmo sendo ilegal é preciso traçar pontos que vai contra uma outra possibilidade. Ou os universitários ficam com sua aprendizagem afetada por falta de e-books e cópias de livros, ou consegue o conhecimento de forma ilegal. 

Esse é um tema a ser discutido entre as autoridades aonde a lei vai de contra a aprendizagem. 

Direito Autoral (Lei 9610/98)
Domínio Público

O KINDLE

Por Renata Dorta
Imagem : Biovolts


Lançado em 2007 nos EUA, pela multinacional Amazon, o Kindle é um leitor de livros digitais que permite baixar, pesquisar e comprar livros digitais, jornais e revistas via rede wi-fi.

O Kindle foi um enorme sucesso para época, por causa de sua tela que permite uma leitura confortável e porque ele foi projetado para que sua interface “casasse” perfeitamente com o site da Amazon.


O e-reader da Amazon não foi o piorneiro na plataforma de leitores de livros digital. Nas últimas quatro décadas alguns acontecimentos foram importantes para ele ser o que é hoje:

·        Em 1971, o americano Michael Hart cria o Projeto Gutemberg com o objetivo de digitalizar livros e os disponibilizar de graça;
·         Em 1993 a Apple inventou o Newton MessagePad primeiro computador de mão (held). Em 1994 a mesma lança o eMate e em 1999 o seu sucessor iBook G3;
·         O formato PDF, introduzida pela Adobe, veio em 1993 flexibilizando os livros digitais com a possibilidade de textos, gráficos e imagens;
·         E entre 2000 a 2004 a Sony lançou seu primeiro e-Reader.

Como fala o designer e cineasta Alexandre Macedo:

Hoje, o Kindle já está na sua quarta geração. O novo modelo, chamado de Kindle Fire, é um e-reader que incorporou as funcionalidades dos tablets para concorrer no mercado com o Ipad e o Samsung Galaxy.

  

Na internet existem diversos testes que comparam e-readers presentes nos mercados, a maioria são de blogs e sites especializados em tecnologia. O mais recente teste , publicado este mês pela revista Época, traçou o perfil de e-readers que estão presentes no mercado brasileiro. E o nosso blog baseou-se nesses estudos detalhados para este post apresentando o que nós achamos negativos e positivos no Kindle.

Vantagens do Kindle:
  • Ter uma interface que case perfeitamente com o site da Amazon, facilitando na hora de comprar livros e sem precisar conectar através de uma porta USB;
  • Dar a possibilidade de ler livros digitais em outros gadgets como celular, iPhone, Ipad e tablets através de um aplicativo gratuito no site da Amazon;
  • O sistema de armazenamento Kindle Cloud Reader protege todos os livros adquiridos pelo usuário, mesmo que eles tenham sido adquiridos em diferentes tipos de gadgets, funcionando como uma “grande biblioteca”;
  • A possibilidade de ler outros formatos como MOBI, PDF e TXT, normalmente, e formatos DOC, DOCX e HTML e imagens através de conversão feita pela Amazon via e-mail;
  • O Kindle já vem com 5 dicionários (inglês, alemão, francês, espanhol e italiano) e expansão para outros, facilitando a interpretação da leitura em várias línguas. Ele pode vir integrado ao texto ou indicando a palavra com o cursor e você tem o significado do verbete. Simples e rápido;
  • Para quem sente desconforto ao ler no computador gostará muito do aparelho, pois ele possui uma tela não reflexiva e que imita o papel, a tecnologia Ink Pearl. Há quem considere a leitura no Kindle mais agradável que no papel.
Desvantagens do Kindle:
  • O Kindle, assim como outros e-readers foi feito para quem gosta de lê, se você é uma pessoa que não gosta é mais vantagem comprar um tablet que tenha diversas funções;
  • Nem todos os modelos do Kindle, vem com o sistema Paperwhite que possibilita a leitura noturna sem auxilio de luz externa;
  • Quem está acostumado ao sistema touch screen dos tablets e Ipads pode se sentir incomodado com a digitação do teclado do Kindle;
  • Ajustar o PDF para facilitar a leitura no Kindle pode ser um pouco chato, às vezes o zoom que você colocou em uma página não fique bem na outra. Além disso, é preciso também trocar a posição da página de vertical para horizontal para deixar a leitura mais confortável;
  • Os e-books adquiridos por compra via internet não podem ser compartilhados, pois são licenciados ao consumidor e não vendidos. Se um cliente não satisfeito com o livro adquirido quiser repassá-lo adiante não será possível. O sistema de empréstimos de livros digitais via Kindle ainda não é permitido no Brasil, esse serviço, por enquanto, só existe na Amazon dos Estados Unidos;
  • O preço aqui no Brasil ainda é uma desvantagem, graça as altas taxas para produtos importados. Um modelo simples do Kindle, que contem apenas a tecnologia wi-fi, custa em média R$300, enquanto nos Estados Unidos, o mesmo modelo fica na faixa dos U$69.


No Brasil o maior concorrente do Kindle é o Kobo. E-reader desenvolvido pela Kobo Inc. e vendido através da Livraria Cultura, vem ganhando cada vez mais espaço. O fato de ter teclado touchscreen, a possibilidade de adquirir livros em vários lugares e não se ater apenas a um fornecedor, como é o caso do Kindle, e o maior suporte de formatos são um dos motivos da preferência pelo Kobo. Quanto ao preço, a diferença não chega a ser absurda, o Kobo Glo, modelo semelhante ao Kindle Paperwhite, custa R$450 e o Kindle Papewhite R$480.
Fonte: eBook Reader


ENTREVISTAS
Apesar de concorrentes de peso, há ainda pessoas que prefiram o Kindle. Conversamos com dois usuários do Kindle para saber o que eles pensam a respeito do aparelho.

Patrícia Ávila, 29 anos, estudante de Direito.

O que te motivou a comprar o Kindle?
Bem, eu faço faculdade de Direito. E no meu curso nós lemos muitos livros por semestre. Então, ter um leitor de livros é sempre uma vantagem porque evita ter que carregar vários livros para faculdade. Eu já tenho um Ipad, mas pensei em comprar o Kindle porque ele é mais compacto (cabe na minha bolsa) e tem um preço mais acessível que o Ipad. Como eu pego ônibus para ir da minha casa até a faculdade, levar o Kindle é melhor que levar o Ipad porque se houver um assalto (o que é bem frequente aqui em Recife) o prejuízo é bem menor, né?!

Para você quais são os pontos positivos?
Quando comprei o Kindle pensei em utilizá-lo mais pela função de e-book mesmo. Achei que não possuía tantas funcionalidades: ele vem com um dicionário, é totalmente em português, permite destacar partes do texto que se está lendo, pode-se ainda alterar a fonte e o tamanho do texto. Mas me surpreendi principalmente com a quantidade de livros que é capaz de armazenar, além de que o modelo que eu adquiri embora seja o mais simples deles, permite acessar a internet, o que eu não esperava que fosse possível. Outro ponto positivo é a tela, que não cansa a vista, portanto é bem melhor ler nele que no computador, principalmente nas vésperas de prova, quando a quantidade de páginas a serem lidas aumenta significativamente

E os negativos?
Os pontos negativos do modelo que eu adquiri, a meu ver, são que ele não é próprio para ser utilizado à noite, porque a tela não tem a iluminação especial que outros modelos como o Paperwhite têm, o que às vezes é um problema, porque geralmente eu estudo à noite quando chego do estágio. Além disso, meu modelo não é touchscreen, então se você quer utilizá-lo para digitar alguma coisa ou mesmo para acessar a internet, fica um pouco complicado já que é necessário usar os botões para passar letra por letra pelo teclado que aparece na tela.

Você compraria as novas versões dele? (No caso o Kindle Fire)
O Kindle Fire com certeza é um modelo bem mais avançado, já que funciona como um tablet mesmo, no estilo do Ipad. A tela é colorida e touchscreen, o que aumenta as funcionalidades, tanto para acessar a internet, digitar um pequeno texto, assistir a um filme, ver fotos, dentre outras coisas. Acho que para quem não tem um tablet é uma ótima opção, mas no meu caso já possuo um Ipad, que tem praticamente as mesmas funções, então não compraria um Kindle Fire porque seria desnecessário no meu caso, mas não porque seja um produto ruim. Acho que recomendaria para minhas amigas


Cássia Costa, 20 anos, estudante de Letras.

O que te motivou a comprar o Kindle?
Resolvi comprar o Kindle durante uma viagem internacional, por causa do preço baixo (que nem se compara aos preços que a gente encontra aqui no Brasil) e das praticidades que um e-reader oferece.


Para você quais são os pontos positivos?
Para mim, a economia de dinheiro e de espaço são o que fazem o Kindle valer super a pena.

E os negativos?
O único ponto negativo que encontro é não poder "sentir" o livro. Sou o tipo de leitora que gosta de passar as páginas e sentir o cheirinho de livro, isso o Kindle não pode me proporcionar.

Você compraria as novas versões dele? (No caso o Kindle Fire)
Compraria se os preços aqui no Brasil fossem mais acessíveis ou em uma próxima viagem.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Esqueleto de reportagem

A reportagem que a dupla escolheu é sobre e-book aprofundando o assunto para as plataformas digitais como o kindle e kobo. A ideia é abordar as vantagens dessas plataformas e suas diferenças com os livros físicos.
Um dos vídeos será uma pequena entrevista com alguém que esteja adquirindo uma dessas plataformas com a sequinte pergunta: "Por que você está fazendo esta compra?". O outro vídeo será uma entrevista com alguém da área de Teoria da Literatura do curso de Letras na UNICAP. 
Inicialmente escreveremos um texto explicando o que é o e-book e o que são as plataformas digitais. E o outro texto abordaria as diferenças das plataformas digitais para o livro físico como os custos, praticidade e vantagens visuais.
Uma enquete será realizada no blog perguntando se vale a pena adquirir uma dessas plataformas.
O áudio trará curiosidades sobre o e-book e suas plataformas, talvez em formato de podcast.

segunda-feira, 4 de março de 2013

“A inclusão digital é uma utopia, um mito”

Por Patrícia Valéria
 
Eugênio Trivinho é professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PEPGCOS/PUC-SP) e aticulador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura. Ele é um grande pesquisador da área de redes sociais. Para o professor é fundamental estudar sobre as redes para as ciências sociais. As redes sociais demonstram uma organização que muda fundamentalmente o modo como se partilha a comunicação, ou seja, causam uma transformação como a população se comunica.
 
Os profissionais de comunicação e empresas precisam aprender a lidar com essa nova realidade das redes sociais. Além de ser útil para as empresas atingir seus consumidores. É um mercado grande que precisa de profissinalização e para isso o conhecimento nas redes sociais é fundamental.
 
Para Eugênio,  inclusão digital é uma utopia e defende esse argumento no livro A Dromocracia Cibercultural. Não basta apenas ter acesso ao computador e saber informática, mas é preciso ter velocidade. Esta é uma das dificuldades que uma parte da população fica excluída desse meio digital por não ter a velocidade que precisa. E este é um aspecto que mostra que a internet não é democrática. Há também um aspecto de que algumas pessoas não têm acesso a um determinado código, a uma determinada informação porque deve pagar por isso e muitas vezes essa parcela de pessoas fica de fora desse acesso.
 
Há também atualizações de hardware que, para receber tal código de informação, é preciso estar atualizado e isso requer alguma economia, ou o internauta não recebe informação. Isso acontece, por exemplo, com o site Reportaje 360°, que, com tantos recusos gráficos e visuais com plugins atualizados, o código não chega a uma parte dos internautas.
 
Um dos aspectos negativos da cibercultura, é avaliado pelo pesquisador Trivinho numa entrevista à IstoÉ sobre o currículo no mercado de trabalho. Hoje o currículo deve constar conhecimento em tecnologia:
"A época requer não só conhecimentos convencionais, como a matemática, mas também o domínio de tecnologias. Isso pressupõe a incorporação de conhecimentos que não estavam disponíveis havia mais de 50 anos. É algo muito recente".
 

Uma pessoa que não tem acesso ao computador, resolve fazer um curso de informática para entrar no mercado de trabalho e muitas vezes esses cursos não têm computadores atualizados. O que força o argumento que a inclusão digital é uma utopia.

 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O filme "Intrigas de Estado" e a apuração jornalística

Intrigas de Estado é um filme norte-americano de 2009 que conta o desenrolar de uma conspiração, dentro do Capitólio americano, em Washington D.C. O congressista Stephen Collins (Ben Affleck) tem sua carreira ameaçada, quando é iniciada uma investigação sobre a morte de sua assistente e amante, Sonia Baker. É com essa história como pano de fundo, que surgem os personagens dos repórteres Cal MacCaffrey (Russell Crowe) e Della Frye (Rachel McAdams) do jornal Washington Globe, para tentar apurar o misterioso caso, que acreditam ser uma conspiração para derrubar a carreira do congressista, que tentatava impedir a privatização da segurança nacional.


Trailer


O que vamos abordar neste post são os diferentes tipos de apuração feita pelos jornalistas, convergência e prazos (deadline).


MacCaffey, encarregado de investigar o que há por trás da morte de Sonia Baker.

Cal MacCaffrey é um tradicional jornalista experiente no jornal impresso The Washington Globe. Têm um carro velho, cabelos longos e aparentemente um cara relaxado. Em sua personalidade ele não descansa enquanto não conseguir informações sobre um caso e sempre tem um meio de conseguir lidando com as fontes, mantendo bons contatos, tirando informações mesmo por meio de trocas de interesse. Sempre em busca da verdade, o jornalista prefere esperar e ter certeza de que todas as fontes foram apuradas para escrever a matéria. Além do faro apurado e hábil, o repórter especial tem bons contatos e sabe onde encontrá-los. Ele está sempre preparado, com caneta na mão e contatos em seu telefone. Já que esta é uma maneira antiga de se registrar informações. Como um profissional sério, ele sempre investiga à fundo antes de se precipitar em publicar algo que ainda não foi confirmado. 
 
Della Frye, encarregada de publicar sobre a morte de Sonia Baker.

Della Frye é uma jovem inexperiente que escreve para um blog segmentado. Tinha o interesse em escrever um artigo sobre relações pessoais dentro da esfera política de Washington. Della está conformada com uma notícia rápida que venda para os anunciantes. Acostumada a lidar com o meio eletrônico, a personagem nunca está com a caneta em mãos para fazer anotações de última hora, pegando sempre emprestada a caneta de seu parceiro Cal. Em relação com o prazo de fechamento no blog, Della acha que a matéria tem que sair aos poucos, dando ênfase aos pequenos escândalos por vez. Sem se preocupar, dessa forma, com a confirmação dos fatos. Cal, vendo a inexperiência da blogueira, se vê apto para ensinar como se faz um jornalismo sério sem se conformar com o que é publicado no meio online. 
 
 

Torna-se perceptível, desde o inicio, o choque geracional entre os dois meios (impresso e internet), tanto que Cal não considera "jornalismo de verdade" o que Della fazia na blogosfera.

Outra personagem importante para o desenrolar da notícia é Cameron Lynne (Helen Mirren), editora do jornal. Ela não se preocupa na qualidade e sim no furo de reportagem (publicar a matéria antes dos outros jornais), não se preocupa com a integridade das fontes. Ela está sempre preocupada em fechar o jornal no horário com aquela matéria que pode trazer lucros ao jornal, já que ela é pressionada pelos donos. Fica claro dessa forma que o papel dela é pressionar Cal e Della para terminar a matéria. Principalmente Cal que traz a reportagem mais esperada no impresso – a manchete.

O deadline (fechamento) é um elemento presente em qualquer atividade jornalística, só que em cada meio ele tem um tempo diferente. Enquanto no jornal impresso o prazo para fechamento da edição é um dia (porque o jornal é diário), na internet esse prazo é muito mais curto, podendo ser de hora em hora, de meia em meia hora ou de minuto a minuto. No filme, diversas vezes Cal e Della entram em conflito quanto a este prazo. Este é o contraste da velha e nova maneira de fazer jornalismo em tempos da tecnologia.

Críticas aos filme
Logo que o filme foi lançado muitas pessoas acusavam-o de ser "uma guerra entre jornalistas e blogueiros". Uma perseguição ao amadorismo, quase uma comparação ao livro de Andrew Keen,  O Culto do Amador, que deprecia o trabalho de muitos blogueiros . Mas o que os críticos não levaram em consideração é que a personagem Della Frye tem formação jornalística, ela não é uma "simples amadora". Mesma opinião pode ser vista no blog Monitorando.


Vídeo explica "O Culto do Amador"
 
Intrigas de Estado mostra o contraste entre o velho e novo modo de fazer jornalismo. A tecnologia e a formação profissional precisam andar juntas para que haja a verdadeira convergência.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Multimídia, palavra que define o Reportaje360°

Na aula de Jornalismo e Novas Tecnologias conhecemos o Reportaje360°, projeto vinculado ao jornal El País. O Reportaje360° bebe da fonte tecnológica utilizando a plataforma da web e tem como proposta,  segundo seu criador, o jornalista Felipe Lloreda, “uma nova forma de informar mostrando todos os ângulos da matéria”.

A proposta é trazer a informação de forma interativa, ágil e inovadora. 


Dessas aventuras de criar um projeto multimídia, tudo pode acontecer, inclusive o fracasso. Mas não é o que acontece com Reportaje360°. O projeto ganhou 2.000 visualizações em 2 meses. A estatística, segundo a equipe, é um processo importante no produto multimídia, e também uma chave de mudança e evolução.

O site utiliza-se de recursos como vídeos, gráficos, fotografias, jogo de imagem e som, áudio e texto. Mas ainda há espaço para que o público possa enviar comentários, fotos e vídeos em cada reportagem. Estes foram os recursos inusitados que só a multimídia pode oferecer numa só matéria.
Os vídeos você pode ver também no canal do youtube do Reportaje360°.
Com poucos recursos a equipe de produção consegue boas imagens de fotografia e vídeo. A equipe é ciente que se deve ter uma boa gravação para garantir um bom vídeo. Apenas a pós-produção não garante um trabalho bem feito.

O primeiro passo do projeto foi criar a marca. O seu esboço foi postado no blog do projeto.


Porém, nem tudo é perfeito. Assim como todo projeto inovador, falhas existem. O texto, um recurso inerente ao jornal, faltou em algumas matérias deixando-as incompletas. Esta falha é comum quando a preocupação com recursos tecnológicos vem primeiro que o conteúdo em si. Isso aponta  problemas com  a apuração. A imagem e o vídeo são recursos riquíssimos se usados com coerência. No Reportaje360° um exemplo correto desse uso foi a matéria "Cali, uma indústria salseira" pois, para se falar de uma dança, um ritmo musical e utilizar música ou vídeo, faz mais sentido que usar texto. 

Existe também a questão da acessibilidade. Vídeos podem demorar para carregar ou simplesmente não abrir. O leitor deve ter seus plugins atualizados, senão pode ficar de fora da multimídia do Reportaje360°.
O site ainda poderia dispor de vários idiomas como o inglês e português para expandir seu público a outras regiões. A sugestão foi cogitada durante uma entrevista de Thiago Domenici no Observatório da Imprensa em 2010 por Felipe Lloreda, o criador colombiano do Reportaje360º.

Observamos no especial: Cali, una industria salsera, a dedicação pelo trabalho visual e as variedades de plataformas. Pôr num mesmo ambiente, vídeo, áudios e fotografias, não deve ser um trabalho fácil  à produção como a que observamos. Em Evolución de la salsa, se mostra a história da salsa de 1600 até 2009 com 11 textos, 16 áudios (música) e 4 vídeos aproximadamente. Em Personajes são 8 áudios, cada um dando seu depoimento.

Ao todo foram 11 textos pequenos, 64 áudios (músicas e depoimentos) e 26 vídeos - sem contar com as fotografias. Alguns foram sendo acrescentados reforçando, dessa forma, a flexibilidade e a possibilidade que a internet nos permite alcançar. É perceptível que os vídeos não têm a qualidade que sempre se espera, mas o seu conteúdo e os tantos outros recursos visuais deixam a qualidade do vídeo uma questão de menor importância. 



Para mais contato com a equipe da Reportaje360° é só clicar aqui.